Enquanto a modernidade chega em diversas áreas do conhecimento, a base da pirâmide, a educação, segue com seu padrão defasado e seu sistema de ensino completamente ultrapassado, porém, há uma luz no fim do túnel. Alguns colégios começam a utilizar a modernidade dos tablets e da tecnologia ao seu favor. O tema é polêmico, alguns são contra, muitas a favor, mas é uma tentativa de deixar mais atraente e moderno aquilo que é básico para o desenvolvimento humano. A educação, o conhecimento.
Uma pesquisa feita pelo Centro de Estudos sobre as Tecnologias da Informação e da Comunidade (Cetig) aponta que 81% das escolas brasileiras possuem laboratório de informática e 38% contam com computadores nas bibliotecas ou salas de estudo. Por outro lado, apenas 16% disponibilizam conexão com internet nas salas de aula e só 4% das escolas possuem computadores nas classes. Esses números mostram que as escolas sabem da importância da tecnologia, mas a grande minoria usa isso a seu favor e não sabem integrar as tecnologias às disciplinas e usam os computadores apenas para a própria disciplina de informática.
Por outro lado, algumas escolas já conseguem fazer o uso das tecnologias para melhorar tanto o interesse e os ensinos, quanto a mensuração individual do aprendizado e evolução de cada aluno. Um bom exemplo de mudança e modernidade é o Colégio Estadual Chico Anysio, que modificou totalmente o modelo de ensino e trocou o modelo anti-quadro das carteiras e quadro negro, por mesas que se integram e computadores ligados por uma rede.
Esse projeto, que está sendo feito em um colégio estadual do Rio de Janeiro, é uma parceria entre Governo Estadual e ONGs voltadas para a educação, como o Instituto Ayrton Senna. “Esse modelo é um exemplo de inovação radical e não simplesmente incremental, que trazem modelos disruptivos e apresentam ousadia nos processos educacional”, afirmou Adriana Martinelli, Coordenadora da Área de Educação e Tecnologia do Instituto.
Alguns colégios particulares também já iniciam o uso de tablet com softwares educativos que integram todas as disciplinas, como o Dante Alighieri, em São Paulo, que desenvolveu o projeto Dante Tablet. "Ainda não há um projeto de tablet para escolas consolidado no Brasil. Então, estamos fazendo história, desbravando esse meio. Isso nos dá muita responsabilidade, mas também é muito bom saber que podemos deixar nossa marca nessa história", comentou Valdenice Minatel, coordenadora do departamento de Tecnologia Educacional do Colégio.
O Governo Federal iniciou uma primeira etapa da inclusão digital na rede pública e disponibilizou 180 milhões de reais aos estados para a aquisição de 600 mil tablets. Esse primeira etapa passa pela capacitação dos professores na utilização da ferramenta e tecnologia touchscreen. Enfim, fazer o aluno prestar mais atenção, tirar melhores notas, se interessar e aprender mais, fazer o professor dar melhores aulas e, consequentemente, formar pessoas e cidadãos mais capacitados. Tudo isso são grades apostas e desafios, que contam com um grande aliado, a tecnologia.
Postado por: Antídio Guedes